“Fiquemos com as respostas das crianças”, diz artigo dos professores da UFMT
Os acontecimentos mais recentes, envolvendo arte, infância e sexualidade, têm gerado certa comoção social e nos mobilizam a pensar. O que pode ou não violentar as crianças? Que sentidos a infância tem para nós, adultos, que nos levam a pensar e a agir com as crianças de determinadas formas? A palavra “infância” tem sua origem no termo latino in-fans , que remete àquele que não fala e carece de linguagem e pensamento. Durante séculos, na cultura ocidental, a criança foi entendida dessa maneira: um ser que, por estar em desenvolvimento, se caracterizava pela ausência de ideias que atestassem condições mínimas para decidir, conhecer, criar e desejar. É claro que nossa sociedade mudou e, com isto, novas formas de pensar a criança e a infância foram construídas. Da condição marcada pela ausência de voz, ideias, lugar social e direitos, as crianças passam a ser vistas como pessoas que têm seus modos próprios de pensar, agir e perceber o mundo. Nesse sentido, as crianças são reconhe