Jornal insiste em desrespeitar direitos trabalhistas
"Nota de repúdio
O Sindicato dos Jornalistas
Profissionais de Mato Grosso (Sindijor-MT) vem a público emitir seu repúdio
contra a direção do jornal Folha do Estado que tenta implantar o calote através
do desprezo aos seus profissionais de comunicação quando não atende o direito
básico do trabalhador previsto pela CLT, que é o pagamento de salário até o
quinto dia útil de cada mês e, nem sequer, dá uma satisfação sobre o atraso
seja aos funcionários ou a entidade sindical desta categoria ou aos órgãos da
lei.
Em dezembro de 2012 a empresa
prometeu ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pagar em dia seus
trabalhadores e, inclusive, enviar calendário de pagamento para o Sindijor a
fim de que este acompanhasse que tudo estaria sendo cumprido. O que não tem
ocorrido.
No mês de janeiro, no dia 3, a
empresa pagou metade dos salários. O quinto dia útil seria dia 8 do corrente
mês, quando os trabalhadores esperavam receber o restante e quitarem suas
dívidas. Mas, infelizmente, o que se viu e ouviu por parte da direção da
Folha do Estado até o momento foram: SILÊNCIO, INDIFERENÇA e FALTA DE RESPEITO
para com as leis vigentes e os órgãos que a fiscalizam como é o caso do
Sindijor e do MPT/MT.
Esperava-se que a empresa estivesse
trabalhando no sentido de sanar seus problemas e cumprir sua missão de informar
adequadamente uma vez que teria pessoas tranquilas para trabalhar. Mas o que se
vê, desde setembro de 2012 é: assédio moral e falta de estrutura na referida
empresa.
Desde setembro começou um processo de
demissão em seu quadro de pessoal. Sabe-se que, de 160 pessoas, 40 já foram
mandadas embora ou saíram por verem que o local não quer qualidade, apenas
explorar o trabalhador quando coloca um para fazer o trabalho de dois, sem se
importar se este tem que trabalhar por mais horas, afinal, não leva em
consideração as leis para que este receba hora extra!
Da redação já foram
demitidas seis pessoas e outros quatro profissionais saíram por livre
vontade para dar fôlego à empresa e poupar a demissão de mais colegas.
Ainda assim, nada mudou na redação
além de mais trabalho para cada um dos que ficaram. A tarefa diária
virou quase que hercúlea uma vez que cada um teria cinco horas (jornada
de trabalho prevista em lei seja ele repórter ou editor) para realizar
seu trabalho e gozar de seu descanso. Contudo os telefones fixos estão cortados
a mais de um mês. Dessa forma, os mesmos celulares da redação são usados por
várias pessoas que acabam tendo que ficar numa fila para conseguir apurar algo.
Isso acarreta no atraso de suas pautas já que uma tem que esperar a outra para
fazer sua ligação e, consequentemente, de suas horas de trabalho.
Enfim, falta carro, falta telefone,
falta salário e muita consideração por parte da empresa para com seus
funcionários.
Pessoas que saíram de férias há
tempos, foram e voltaram sem ver a cor do 1/3 de adicional para este período
como prevê a lei.
E todos que lá estão neste momento
trabalhando bem como os que foram mandados embora, NUNCA ou quase nunca tiveram
depositados seus Fundos de Garantia (FGTS). Há também os casos de desconto em
folha de pensão alimentícia (que pode dar cadeia ao pai que não paga), muitas
vezes são descontados e NÃO são pagos, sendo preciso que os responsáveis pelas
crianças liguem para cobrar.
Diante disso, conclamamos todos a
divulgar esse repúdio a fim de expor essa situação para a sociedade para que
todos saibam que nossa dor não sai nos jornais, mas está embutida na má
qualidade das linhas que escrevemos quando estamos preocupados se a Cemat vai
ou não cortar nossa luz ou se vamos ter como comprar material escolar para
nossos filhos.
Temos que dar um grito de BASTA!
Diante disso, esta entidade sindical vai ter que tomar as medidas judiciais cabíveis contra esta empresa para que não forme escola no sentido de explorar essa já tão maltratada classe de trabalhadores que sofre toda sorte de ataques dos poderosos quando expõe seu nome em nome da sociedade".
Diante disso, esta entidade sindical vai ter que tomar as medidas judiciais cabíveis contra esta empresa para que não forme escola no sentido de explorar essa já tão maltratada classe de trabalhadores que sofre toda sorte de ataques dos poderosos quando expõe seu nome em nome da sociedade".
Fonte: Sindjor-MT
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