Sindicalista fala sobre condições de trabalho dos motoristas e cobra vereadores

Foto: Elizângela Tenório
Representante do Movimento Contra o Aumento da Tarifa do Transporte Público de Cuiabá e Várzea Grande e membro da Diretoria da Cut-MT, João Dourado,  discursou no plenário da Câmara de Cuiabá, onde  cobrou os 25 vereadores em debater as condições de trabalho dos motoristas. Também, na ocasião ocorrida na manhã desta terça (5),  o vereador Dilemário Alencar (PTB), apresentou um projeto de Lei  que proíbe as empresas concessionárias de serviços de transporte coletivo urbano de cobrar que os motoristas exerçam a dupla função como condutor/cobrador.

“São precárias as condições de trabalho que vivem os motoristas. Falta de cobradores, os carros das empresas de transporte público que atuam na capital estão totalmente sucateados, há inúmeras reclamações de passageiros em horários de picos, principalmente quando precisam pagar suas passagens e falta troco,  não  há ponto de apoio   aos usuários,   além de ocorrências de assédio moral que afetam os trabalhadores que cumprem dupla função no  trânsito  para atender à população”, disse Dourado.

Segundo o líder sindical, a categoria pede aos vereadores um debate maior  para    que fiscalizem  os contratos feitos pelo  poder Executivo Municipal com as  empresas do setor do transporte público, os quais ainda não divulgaram  as planilhas com os dados dos recursos pagos pela Prefeitura de Cuiabá.  “É fundamental que os vereadores de Cuiabá  debatem o assunto e estabeleçam critérios para conversar com os empresários do setor de transporte público. Onde os recursos foram  investidos? Por que as empresas  não investem no atendimento aos usuários do transporte coletivo ?”Por que  obrigar os trabalhadores (motoristas)  em  dupla função  e precarizar o atendimento à população que paga os impostos”, questionou Dourado.

Para o vereador petebista, explica que as empresas de transporte coletivo são concessionárias públicas e não podem obter mais lucros em detrimento da integridade física e psiquica dos seus empregados. “O transporte coletivo da nossa cidade é considerado um dos piores do país, pois os  passageiros utilizam ônibus velhos e sem ar condicionado e pagam a segunda tarifa mais cara entre as capitais brasileiras (R$ 2,95). Não bastasse isso, ainda somos obrigados a conviver com o drama  de andar em ônibus lotados sem cobrador que auxilie o motorista e impedidos de pagar passagem com dinheiro quando necessário, o que tem provocado atrasos nas viagens, contribuindo para um trânsito pior e colocado em risco à segurança dos passageiro”, destacou Alencar, que durante entrevista ao O Pentelho informou  que agendará reuniões após a semana do carnaval,  com o prefeito Mauro Mendes (PSB) e demais  parlamentares do Legislativo cuiabano,  para  tratarem do assunto reivindicado pela classe dos motoristas.

Também apoiam à luta dos trabalhadores do transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, os parlamentares  Allan Kardec, Arilson da Silva, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), Toninho de Souza  e João Emanuel, ambos do PSD,  e Renivaldo Nascimento (PDT).

Por Everaldo Galdino




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